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sábado, 7 de maio de 2011

Raios!!

E mais um dia no qual eu me pergunto: "Por que diabos, eu tive que acordar?".


Tudo começou ainda ontem, quando falava que teria que acordar na hora em que minha irmã iria sair hoje cedo, comentei isso a ela, e ela diz "então nem põe o celular pra despertar, eu te acordo!". Ok. Foi o que eu fiz. Faltando 15 minutos pra eu sair, o pai me chama assustado, dizendo "Filha, tu não ia sair?", levantei desesperada, tentando me arrumar na corrida, e consegui pegar o ônibus, fora da parada habitual, lotado. Valeu aí, mana! (y)

Desce na rodoviária, vai até o ponto de encontro e... espera uma hora, no frio, com sono e fome. Pelo tamanho do local em que ocorreria o inventário, imaginei que fosse ter umas 100 pessoas esperando. Éramos em 17, contando com lideres e supervisores que não nos ajudariam. Param duas vans e todas corre pra van do Guilherme, só porque é gatinho. A Natu foi junto né. No fim das contas, não precisou da outra van e todas vibra todos fomos com o gat... Guilherme mesmo. Não preciso dizer que metade foi dormindo e a outra metade foi reclamando da quantidade de gente que tinha!

Tá, então... chegamos, nos preparamos e fomos tomar café, digo... água de batata, como diz uma colega. Pelo menos o pão tava bom. E depois, bora pra labuta. Ficamos A MANHÃ INTEIRA pra lá e pra cá, praticamente parados, porque nenhum código passava, nada funcionava! E pouco antes, haviam nos dito que estava tudo milimetricamente arrumado, pronto para ser contado. Não sei quantas vezes eu falei "imagina se não estivesse"... Com muito custo, conseguimos fazer alguma coisa... e o lugar inteiro parou pra almoçar.

Voltando umas casinhas, antes que eu esqueça: Em certo momento, eu estava completamente perdida, pois deveria ficar um funcionário do local com cada um de nós... e me mandaram um tio que nem sabia se estava vivo. Ele me passava os códigos e as quantidades errados, e eu tinha que deletar, só que não é tudo que a gente sabe fazer naquela porra daquela máquina, porque ninguém explica merda nenhuma, tu vai aprendendo, na prática... ainda ficam brabos contigo, porque com dois minutos de empresa, tu AINDA não sabe mexer na máquina?? Pedi ajuda, algumas vezes pro gentil do supervisor... ao que certa hora, ele me diz "se tu ficar me chamando toda hora, não vai dar!", e eu: "Tá, então eu vou fazer os troços errados, e tu não vai me chamar atenção depois, tá?", e ele só me olhou... e quando ele foi fazer determinada coisa, ele diz: "ah, eu não sei fazer isso!" e foi correndo interromper o serviço dos outros, pra pedir ajuda (!), e aí estava o problema: ELE NÃO SABIA MEXER NAQUELA PORCARIA! Então finalmente eu terminei o que pude ali por perto dele e me debandei pra outras bandas... e chegou a hora do almoço. Antes disso, fomos largar as máquinas em um local, pra não ter que levar junto pro refeitório... enquanto eu com toooda a boa vontade do mundo, sem a menor obrigação de fazer isso, falei pra uma colega "tem que fazer tal coisa!", porque fui uma das primeiras a largar a máquina onde elas ficariam e não sabia se todos haviam tido a mesma orientação, ao que ela me responde com a maior estupidez do mundo e um sorriso debochado na fuça "EU SEI!", fiquei alguns instantes, paralizada olhando pra cara dela. Porra! Vai tomar no cu! Eu quis ajudar, porque não vi que ela já tinha feito... saca aquela vontade de chorar de raiva? Pois é. Me segurei pra não fazer isso... e pra não mandar ela tomar no rabo, também... uma outra que assistiu tudo, falou pra todo mundo, depois "tu viu o que a fulana fez com a colega? Ela disse tal coisa, pra ajudar, e ela soltou as patas... que mulher mais mal amada, mal... mal tudo!" e eu, do lado: "Fulana, com o 'mal tudo', tu resumiu a situação dela...", e as outras que estavam em volta, deram risada. Nisso, eu já estava vendo, mais uma vez que eu ia ficar sem comer, porque vou contar pra vocês, o trabalho que eu passo pra comer fora de casa né... mas graças a Deus, pelo menos a comida, deu pra encarar numa boa. Enchemos a pança e nem deu tempo de respirar... lá fomos nós voltar ao trabalho, com a comida sacudindo no bucho.

Então, iriamos voltar pro ponto onde paramos. Eu estava parada, momentos antes do almoço e continuei, até achar algo por fazer. Chega a lider e pede pra que as duas que estavam comigo, ajudassem ela... e nenhuma das duas podia, pois estavam com seus serviços pendentes... e ela me olha com um sorriso, como quem diz "vai ter que ser tu, a vítima como sempre!", retribuí o sorriso e ainda brinquei "sobrou eu, serve?", rimos e ela me manda pra pior parte da bagaça. Chamaram mais um tiozinho bizonho pra me ajudar. O cara ainda diz "esse daí sabe tudo, tu tá em boas mãos", ok, ele sabe tudo da função dele, mas não sabe nada sobre paciência, e PASSO-A-PASSO! Mais um que sai me jogando números aleatórios, sem que eu tenha feito os passos que devia, a tempo... tinha que estar sempre falando "só um minuto", "isso aqui primeiro". E isso é um pulo pra eu começar a ficar nervosa e não saber mais o que eu tô fazendo. Eu via todo mundo sendo realmente ajudado e eu mais uma vez, sendo trollada. A tarde tooda, com o mesmo tio, rezando pra que terminasse logo, e pra que eu estivesse conseguindo fazer os trecos direito.

Cara, eu estava exausta. Subindo em paletes, escalando coisas monstruosamente altas, estruturas capengas e tudo muito imundo. Já tava tonta de tanto rodar naquele lugar, cansada, dolorida e cheia de hematomas, de tanto me bater naqueles trecos e quase cair o tempo todo.

Quando pensei que iria acabar, vem o bonito lá e diz "agora pega algumas áreas pra recontar, chama alguém pra te ajudar", jura que havia algum funcionário do lugar, disponível? HAHAHA vai, Natu... senta lá. Fui sozinha recontar tudo, todo mundo fingindo estar ocupado. Me deram as áreas totalmente fora de ordem, uma em cada canto do planeta. Eu já tava putadacara com tudo. Muito puta. Fiz o que pude e minha cara devia estar tão feia que a lider nem pediu pra que eu terminasse de ajudar, como ela sempre faz. Peguei minhas coisas e me mandei pra van. Nem banheiro pra lavar as mãos, pude usar porque não havia água nele mais. Pra melhorar, ficamos uma hora e meia dentro da van, esperando um guri. E nesse meio tempo, metade das pessoas saiam e voltavam pra fumar, e aquela merda ficava infestada com o fedor do cigarro... fumante é bicho do inferno, fala sério.

Finalmente, bamos emboga!
Negociados os caminhos com o Tio da van, que não era mais o bonito, pegamos a estrada rumo à nossos lares aconchegantes. Fingimos que dormimos pra não bater papo, atendemos a mãe perguntando onde estamos e o pai, dois minutos depois (galera não se comunica em casa né), até que... chegamos no centro, esperamos o ônibus por meia hora, ao som do bailão dos botecos ao redor e enquanto isso, atrás de mim, na fila, tava tendo a maior pegação do planeta, por dois adolescentes. Cara... não precisa tanto, que lindinho que eles são um casal e se amam, mas... a fila tava cheia de criança, meu! Bom, antes que alguém me chame de despeitada, eu paro. O motora se fez pra deixar a gente subir no ônibus e o manézinho na pressa, já foi se enfiando na minha frente, e eu "calma aí, amigo!" e ele me deu o lugar... subimos e ele pergunta pro cobrador se o banzo passava no final (?) da Protásio, lá no Campo do Cruzeiro, e o cobrador afirmou. Sentaram atrás de mim e voltaram com o agarramento... dacumpouco, começaram a discutir, porque ela falou que fazia massagens como ninguém e ele disse que havia aprendido com 'as gurias'. E ela se putiou, reclamando que ele recebia massagens das colegas. E ele negando... e aquela chatisse não tinha fim. Ele prometendo massagem pra ela mais tarde, e ela dizendo "não quero massagens tuas" e ele "tu vai negar massagem do teu namorado que passa a semana sem te ver?" e geral olhando meio de canto já, quase mandando os pombinhos calarem a boca. Até que ele liga o maldito celular em um funk tri família. E o cara do meu lado começa a puxar papo com eles. Eu fui obrigada a pegar o celular pra ouvir música, na tentativa de escutar menos aquele papo... e pra alegrar meu dia, descubro que um dos lados do fone se fudeu e não funciona mais. O papo ficou entre as músicas que eles ouviam... o cara dizendo que ele escutava funk, mas funk dos bons, de antigamente. Que música pra ele, tinha que ser da boa, não dessas de agora. E que as bandas preferidas dele eram: Bokaloka, Raça Negra, Soweto, alguma coisa com 'boys' que eu não soube decifrar, Belo... e disse ainda que ele ia sempre "pra praia", quando morava em Ipanema, e frequentava sempre o Chalaça, que lá tocava música DAS BOAS e não essas que a galerinha anda curtindo. Meu, deu mó vontade de berrar "cara, deixa de ser idiota! Vai pra beira do guaíba e quer chamar aquilo de praia???? Vai pro Chalaça só pra encher a cara com as festas de bebida liberada, cachaceiro metido a sabidão... entre teus pagodes e os atuais e os funks dos dois ali, é tudo a mesma merda, e tira esse joelho da minha perna e esse bafo de cerveja do meu lado, paspalho!".

Chego em casa, não tem nem comida... tudo revirado, minha irmã resolveu "arrumar o quarto" e guardar minhas coisas, sabe Deus onde está tudo agora... começo a tentar contar algo sobre meu dia e ninguém me dá a menor bola.

Pouco depois, recebo a notícia de que uma pessoa da qual eu já me sentia próxima, sem ao menos conhecer pessoalmente, estava correndo risco de morte a qualquer momento e eu pergunto: JÁ PODE ACABAR O DIA, DEUS?

Caso alguém se incomode com esse post, queira reclamar dele ou fazer qualquer tipo de piada ou comentário imbecil, eu paço primeiramente pra poupar seu tempo e segundamente pra tomar no olho do cu. Sério.

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