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sábado, 15 de janeiro de 2011

Mais do mesmo

Uma das coisas mais tristes e frustrantes da vida, é quando tu percebe que não consegue te dar bem nem com a tua família. Eu já não sei mais quem tá fazendo mal pra quem, acredito que eu não esteja fazendo nada de ruim, mas eu já tenho medo de afirmar algo com muita certeza.

Hoje minha mãe estava até muito bem, e certa hora do dia, o pai nos chamou pra olhar a casa, pra ver como tava ficando, talvez um pouco com o intuito de animar a mãe, de entusiasmar ela e tal... ele estava mostrando algo e percebi que ela olhava pra baixo e não pra cima que era o que ele tava mostrando, falei 'mãe, ali ó...' apontando e ela afirmou que tinha visto, só pra acaar o assunto. Foi então que percebemos que ela estava passando mal, prestes a desmaiar. Saímos dali e ela se sentou, ate que melhorasse, e nisso o pai começou um de seus sermões. Perguntou o que ela tinha, porque ela andava daquele jeito, e ela respondeu que não sabia, que sentia um desespero, uma angústia, uma vontade de gritar mas não conseguia. Disse que não sabia se era com a casa, ou se era comigo.
Disse ainda que cada vez que eu falo com ela, ela se sente mal, e eu me chateei com isso... acabei deixando os dois ali e fui pro meu canto.

Tudo bem que ela se incomode com o que eu digo e com a forma que eu falo, mas será que eles não pararam pra pensar que se eu faço isso é porque eu estou um tanto de saco cheio? Algumas pessoas reclamam que eu sou estressada, que sou estúpida, mas será que esses infelizes nunca imaginaram que pra eu estar assim, alguma coisa deve estar me incomodando muito? Porra, quem me conhece de verdade, sabe que eu não sou assim, tenho meus maus momentos, meus mau humores, meus dias de cão e até TPM, mas isso não é o tempo todo, muito pelo contrário. E se eu ajo assim contigo, só pensa uma coisa: existe um problema e ele pode ser VOSÊ.

O caso é que aqui ninguém me escuta. Se eu chegasse sempre gritando, xingando e esperneando, ok. Mas porra, eu to sempre tentando viver o mais harmonicamente possível. Conto histórias, comento coisas, tento ajudar, tento ser legal, dou atenção pra assuntos que eu nem me interesso, bla bla bla e NINGUÉM ME ESCUTA. Quantas e quantas vezes eu abri a boca pra falar e alguém me cortou? E quantas vezes alguém veio falando EXATAMENTE o que eu tinha dito há alguns dias (ou minutos) atrás? E quantas vezes eu falei 'olha, eu acho que tem que ver tal coisa, vai dar problema...', me ignoraram legal ou disseram que eu tava viajando e um tempinho depois acontecia EXATAMENTE o que eu disse? Se fosse por eles, foda-se. Mas a maioria vai afetar a mim também, não tem essa de deixar pra lá.
E convenhamos, não tem como tu ser uma pessoa legal, se sempre tem alguma coisa xaropeando. Se as pessoas não são legais contigo, que vontade tu vai ter de te esforçar pra ser?

Eu sei que eu também tenho uma parcela de culpa. Eles são assim comigo porque desde pequena eu sempre acatei as ordens, sempre baixei a cabeça e vivi conforme eles queriam, hoje qualquer coisa que eu fale ou faça hoje, é como se eu tivesse me transfrmado em um demônio, eles não estão acostumados com uma filha rebelde, que grite com eles ou discorde. É como uma outra situação minha, a pessoa só me trata do jeito que trata porque eu não impus limites no início, eu deixei que ela fizesse sempre o que bem entendia e é como um filho sem limites, se tu não educa quando pequeno, depois de grande vai ser difícil impor regras. Eu sempre deixei as pessoas fazerem o que quisessem comigo, só me exaltava quando as coisas passavam dos limites e esse é um dos meus maiores erros. Eu aprendi isso, aprendi muito com ele... agora tenho que aprender a impor limites, no inicio, pra que as pessoas tenham consciência do ponto máximo que podem chegar, e caso ultrapassem, tenham consciência de que eu estarei no meu direito de agir também como bem entendo.

Agora de noite, o pai contando de canto pra minha irmã sobre o que tinha acontecido com a mãe e tal, e claro que o assunto tinha que descambar pro meu lado. Ele começou a dizer que ela tá assim por minha causa, que eu trato ela mal, que ela ainda vai no armazém só pra comprar algo pra eu comer, que eu falo demais, que FAÇO O QUE QUERO e não estou nem aí pra eles... e eu estava dentro de casa com a mãe, ouvindo tudo, e os dois no quintal. Fui na janela e disse: 'vocês podiam conversar dentro de casa né, estamos ouvindo tudo mesmo, os vizinhos não precisam escutar o que acontece aqui!', então o pai disse um "ah tá" de um jeito super querido e entraram, e o assunto acabou daquele jeito mesmo.

O que me deixa contente, é que eu tô me esforçando pra reclamar o menos possível, tô surtando só quando tô sozinha, comigo mesma, tô ajudando no que eu posso e fazendo a minha parte em tudo, do jeito que consigo. Tô tentando ficar o mais calma e prestativa possível e tô engolindo muitos sapos de quebra e nem de longe tô dizendo e fazendo o que tenho vontade. E... isso não tem nenhum efeito?

Depois ainda vem filho da puta me mandando ficar calma e blá blá blá.
Vem pra cá você também, passa uma semana na minha pele branca e me diz como é a vida, vem me dar sermão e encher a boca pra falar besteira, vem!

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