Lá em casa continua os mesmos problemas

Eu já perdi as contas de quantos textos eu comecei a escrever e desisti, porque eram muito pesados ou porque aconteceu algo 'no caminho' que me fizeram mudar de foco.

Agora mesmo, fui tentar colocar algumas coisas de aula em dia,

e precisei de algumas coisas. Só que tipo, depois da reforma aqui de casa, onde digamos que a casa dobrou de tamanho, o meu espaço diminuiu. Antes eu tinha uns 40% do quarto pra mim, hoje, uma cômoda e uma cama resumem em tudo o que eu tenho. O resto das minhas coisas, está jogada em caixas numa peça 'fora de casa'. Fui lá agora e... me apertou o coração. Minhas coisas, de tudo, livros, recordações, coisas super úteis, enfim... minhas coisas, todas jogadas, amontoadas... se fosse apenas amontoadas e em um canto, eu não acharia ruim, mas estava tudo bem jogado mesmo, livros amassados, capas rasgadas, cadernos, agendas, de mal jeito a ponto de ficarem tortas, coisas quebradas... além da poeira acumulada e uma quantidade enorme de umidade e mofo detonando com tudo ainda mais.

Ok. Aquela peça é um amontoado de coisas que não achamos onde por ainda... mas porque minhas coisas estão ali? Minhas coisas, meu! Minha irmã se apossa de todo o quarto. Aliás, não sei de onde meu pai tirou que eu gosto desse inferno de dividir quarto... não dividimos merda nenhuma, o que é meu é vasculhado e amontoado, o que é dela tem que ter espaço e ser respeitado. Que saco!

Cada dia mais eu tenho vontade de sumir daqui.
Cada dia mais eu abomino a ideia de dividir quarto... eu não tenho um pingo de privacidade, minha irmã vasculha até minhas gavetas... qualquer dia eu vasculho a cara dela!
Minha mãe consegue me deixar com o extremo do mau humor só pelo fato de aparecer na porta do quarto, por mil motivos. Meu pai uma hora é um anjo, outra é o antigo causador dos meus problemas... tá difícil mesmo sobreviver aqui dentro. Tá difícil ter uma vida normal, suportar o dia a dia, a rotina, os amigos cobrando coisas, pessoas debochando de coisas que elas não sabem, a falta de algumas pessoas... tá difícil ter vontade de acordar todos os dias.

 

É por essas e outras que eu dou tanto valor a uma simples ideia de passeio, e por isso também que eu fico tão puta da cara e faço tanto caso. A importancia que tem fazer algo fora de casa, e algo que eu fique realmente afim, não tem nem como explicar. Eu sei que a Viviane e o Tiago não entendem... mas eu gostaria que eles lembrassem disso em uma próxima vez. 

Voltando...

Eu não escrevo mais, depois que eu passei a ter problemas com esse inferno de blog, porque as pessoas caem de paraquedas aqui e vem dar pitaco no que não sabe sem ser convidado (Beijo, Dierli!), eu diminuí drásticamente os posts e os assuntos. Se eu escrevesse aqui metade do meu dia, metade das coisas que dão problema e que eu não tenho como resolver... eu tenho certeza que NINGUÉM mais ia ousar dizer que eu reclamo demais. Eu tenho certeza. Essas pessoas que vivem na minha cola me criticando, eu queria UM dia meu, na vida delas. UM DIA. Elas jamais iam falar algo de mim.

Eu não tô aqui querendo me fazer de vítima, muito menos quero que alguém se redima e me dê razão, só quero que vocês cuidem do de vocês, quando não souberem os motivos reais que as pessoas tem pra reclamar da vida.

Cara, vocês não tem noção do inferno que é. Do que eu passo com meus amigos, do quanto minha família é responsável por muitos dos meus dias de cão e do quanto eu tenho vontade que vocês se fodam MUITO quando vem falar algo sem saber, piorando ainda mais as coisas.

Eu só quero paz. Eu só quero conseguir ir embora desse inferno e de todo mundo que vive pra tentar me ferrar.. ou no mínimo, eu quero não acordar amanhã mais.
Eu tô no meu limite. Sério.
Tu me vê por aí, sorrindo, conversando... ou me vê em um canto, com o celular na mão, parecendo que eu não tô pensando em nada... ou sem o celular, só quieta em algum lugar, e não imagina o turbilhão de coisas que tá passando na minha cabeça, a vontade que eu tô de sair correndo dali até não aguentar mais correr ou simplesmente, em um passe de mágica, ir parar em algum lugar muito distante.