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domingo, 20 de novembro de 2011

Madurinhos

Eu não consigo entender porque as pessoas tem um desespero profundo por fingir ou tentar mostrar que são maduras com base em ~ gostos ~ e atitudes simples.


Antigamente eu não notava isso, então não posso afirmar que não existia. Talvez pelo fato da internet ser tão presente no nosso dia a dia, isso tenha um tamanho muito maior ou realmente isso é coisa da atualidade. Todo mundo acaba expondo seus gostos internet afora e recebe os mais diversos rótulos imbecis por isso.

Quais são os alvos atualmente? Restart, Justin Bieber, Crepúsculo, Fresno, Caio Fernando Abreu, Clarice Lispector, Sertanejo Universitário... podemos listar vários.
Se tu curte alguma coisa dessas tu é infantil, crianção, idiota, emo... uma porrada de adjetivos super criativos.


Ser adulto e ~ maduro ~ é curtir metal, curtir o suposto "rock do bom", preferencialmente algo que seja velho, de mais de 20 ou 30 anos. É ler livros de escritores que tu não sabe nem pronunciar o nome, é pagar caro por tudo. É fazer piadinha com qualquer coisa que não seja pra tua idade. Sim, porque tu já nasceu com 30 anos, não passou por nenhuma fase anterior e né.

Vou dizer uma coisa, que é apenas o que EU ACHO disso tudo, que todo mundo pode discordar e que eu prometo que não vou dar a mínima, porque opinião é igual a bunda. Uns tem, outros não... aliás, tu costuma dar a tua opinião? Er, cof cof. voltando ao assunto...

O que é 'classico', 'do bom' e ~maduro~ pra maioria da galera que se acha no direito de julgar os outros, pra mim é uma BAITA BOSTA. E falo isso não pra ofender, porque diferente de um monte de gente, eu não me acho no direito de dizer e querer que concordem comigo que algo É ou NÃO É bom. O que é bom pra mim, pode ser bom SÓ pra mim e ponto. Não existe definição certa de música boa ou ruim. Existe o que TU GOSTA e o que EU GOSTO. E existe quem puxa briga por isso e quem não é imbecil.

Esse texto foi inspirado numa brincadeira que eu fiz com a Lis no Facebook, indicando Crepusculo pra ela, por ela não gostar e mó galera comentou e brincou, enchendo a boca (?) por estar no grupo dos "sou adulto, não vejo Crepusculo".

Eu me pergunto se aquela galera que diz "não vejo esse filme de criança", "não aguento essa bandinha colorida", "nem phodendo vou num festival onde tem 4 bandas que eu curto e uma que eu não gosto"... se elas são felizes. Se tu não gosta de uma coisa, simplesmente não ouve, não assiste, não vai. Mas amigo, se tu julga uma pessoa por um gosto, eu te julgo por ser imbecil. E se tu faz um esparro por uma coisa dessas, por um convite ou o que for, tu tem sérios problemas mentais.

Todo mundo que eu conheço, tem gostos diferentes dos meus, porque o que me importa pra mim é o CARATER da pessoa, se ela é sincera, honesta, se gosta de mim de verdade, se não é uma filha da puta. Pouco me importa se ela gosta de Beatles, Mettalica, Maroon 5, System of a down, Victor e Leo, Fresno, sertanejos diversos, funk ~proibidão~ e o que for. Aliás, citei tudo isso por ser justamente as coisas eu lembrei que meus amigos curtem e  pra mostrar que isso não deve afetar a amizade de alguém. Óbvio que é super legal quando os gostos batem, mas uma pessoa precisa ser extremamente doente pra dizer "não quero jamais ser amiga da Fulana, ela curte tal coisa que eu odeio". Prêmio joinha pra ti.

Uma pessoa pobre de espítiro, de cabeça bem fraquinha e realmente digna de pena, vai me dizer que eu sou isso ou aquilo por gostar de Crepusculo, ouvir Fresno, Camila, Reggaeton e citar Caio Fernando e Clarice Lispector por aí. Uma pessoa de verdade, vai ficar sabendo disso e lembrar que tem mil e um assuntos mais que podemos conversar, mil e uma coisas que podem ser feitas e que essas coisas não precisam entrar e podemos ser felizes pra sempre tendo gostos completamente diferentes. Não me cai a orelha de ouvir uma e outra vez, a música da banda que eu não gosto, porque meu amigo tá ouvindo ou porque ele quer companhia praquele show, assim como não deve cair a dele quando for a minha vez, cai os meus butiás de ver que um ser humano julga o outro pelo que ele leu, assistiu ou ouviu. Se isso é ser maduro, eu quero ser eternamente infantil. Cantarolar alto "ai se eu te pego", citar versos tristes de Caio Fernando quando eu estiver depre ouvindo Fresno, ver Crepusculo e me emocionar com um filme e uma história de ficção. Mas ser eu mesma, sendo besta, criançona sem máscaras ou idiotices de "ai, isso é muito infantil". Pelo menos eu dei risada de mim, de ti e da situação, não fiquei de cantinho lendo um livro tosco, ouvindo uma música tosca pra fingir que sou intelectual e morrendo de vontade de fugir um pouquinho da chatice dos problemas que todo mundo tem.

Eu tenho muita peninha de quem deixa de fazer programas de índio pelo medo do ridículo, por achar que é perda de tempo, por querer passar uma imagem intelectual, madura e séria ~ e falsa ~.

E quero vida longa à quem ouve Restart mesmo não sendo sua banda preferida e mesmo tendo passado da idade, e depois canta com os amigos a todo o pulmão e dá risada disso. À quem vai num show de graça em quaquer lugar e se diverte levantando a mão quando o cantor pede, pula junto com a galera, deixa a vergonha de lado e interage, quem faz programa de índio, quem se joga, quem sai de casa sem dinheiro e enxerga que pode sim se divertir HORRORES quando tu deixa tuas amarras em casa, ou melhor, quando tu coloca elas no lixo, porque viver cheio de nhenhenhem, de 'isso é coisa de criança', com vergoinha de se mostrar, é viver uma vida muito chata e medíocre. Deve ser muito triste ser assim, tão limitado.

Aprendam a se divertir. A se livrar do preconceito, a não ter medo do "popular", do "eclético". Não seja um ancião aos 20 e poucos anos. Se tu não gosta de alguma coisa, ok. Tu tem todo o direito de não querer saber daquilo. Tu só não tem o direito de levantar teu dedinho e acusar de quaquer coisa, quem goste daquilo. E no dia que tu for adulto o suficiente pra entender que diversão e felicidade tá infinitamente ligada ao não-preconceito, à descontração, ao 'se deixar levar pelo momento', tu vai se sentir um tremendo mané por ter achado que sabia viver, se privando de tanta coisa realmente divertida.

Eu não preciso ser fã de Restart, de Funk ou de sertanejo, pra ter liberdade de ouvir em momentos de descontração. Eu posso muito bem ser uma pessoa responsável, que curte "boas coisas" e ser alguém livre de chatices e limitações, ~ de vez em quando ~. Eu queria de verdade que todo mundo pensasse nisso e experimentasse. Depois se elas achassem que não é assim tão divertido, elas podem voltar pro mundinho fechado delas, mas eu garanto que quem experimenta se libertar, quem não tem medo de ser feliz, jamais volta a ser um pobre diabo.

Conheço gente que era "do bem" e migrou pro mundo dos chatos limitados, pra tentar ser aceito por esse tipo de gente que, eu juro, não entendo qual o atrativo. E eu fico triste, mas são as escolhas de cada um.

Desculpa o tamanho do post. Juro que tentei resumir, mas eu tenho tanto a falar disso... =)

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