\

Welcome to my blog :)

rss

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Família, Família ♪ -- Parte 1

Queria falar um pouco da minha família. Eu costumo reclamar muito dela, mas de fato nunca conto como ela é e meus motivos pra tudo que eu reclamo.

Minha irmã, de uma forma geral, me dou bem. Temos brigas normais como qualquer irmão, se ninguém se meter, em questão de minutos estamos de bem de novo. Porém, desde pequena, ela tem o hábito de em determinadas situações, tentar mostrar pra nossos pais, que eu sou a vilã. Quando eramos pequenas e brigávamos, lembro que ela gritava pra que eu parasse, o que ocasionava a vinda da minha mãe correndo pra ver o que eu tinha feito com ela, na verdade era a forma que ela tinha pra que eu fosse xingada, a mãe me tirasse de perto dela e eu deixasse de encher o saco. Normalmente eu enchia porque queria que ela brincasse comigo, me ajudasse com os temas do colégio ou algo assim, já que minhas única companhias era ela e minha prima, que não morava comigo.

Meu pai, sempre foi muito seco e ríspido, raramente sorri, do tipo que não dá carinho, não dá um abraço, um beijo, não demonstra afeto. E eu sou o contrário dele, carinho e afeto é comigo mesmo. Quando pequena, as brincadeiras dele comigo eram me morder, me apertar, ou alguma forma de testar meu limite com a dor, é difícil explicar pois soa estranho, mas por mais que doesse [nunca passando do limite, que fique claro] eu sempre entendi aquilo como a forma dele de brincar, talvez até a forma dele nos dar carinho. Inacreditavelmente, apesar dessa dureza toda, dele não me dar um OI sequer, nem um gesto amável, eu sempre fui muito apegada a ele.

Minha mãe, a mais dureza de todas... Antigamente, ela era o que se pode chamar de: 'mãe perfeita'. Estava SEMPRE conosco, me levava e me buscava onde quer que eu fosse, jamais me deixava sozinha com quem quer que seja. Não parava um minuto: acordava, fazia café, nos levava no colégio, voltava, limpava a casa e aprontava o almoço, nos buscava, terminava o almoço, tinha seu ritual de tentativa pra que eu comesse, as vezes conseguia, outras não, limpava a cozinha, tirava seu cochilo, acordava, buscava pão pro café da tarde, fazia o café, lavava a louça, ia pro quintal, capinava, varria, carregava pedra, fazia e acontecia, e depois ainda tinha a janta e dae sim algumas horinhas de descanso e tv com a família até a hora de dormir e começar tudo de novo. No meio disso tudo, ainda tinha tempo de conversar com uma vizinha e outra... tu não podia sair pra rua com ela que ela ficava horas... cada pessoa que passava, era meia hora de papo, a gente puxava, chamava, dizia pra vir pra casa e nada. Outra coisa que me irritava: música era algo que não podia faltar, aos sábados e domingos eu era sempre acordada por ela e seu rádio, e me irritava ainda mais porque ela cantava e dançava junto.

O tempo foi passando, e ao contrário das coisas ficarem mais legais, afinal aquela bagunça de criança, aquelas obrigações de cuidar de alguém, estavam terminando, estavamos crescendo e daqui a pouco estariamos nos virando sozinhas, mas isso não aconteceu. Ficaram cada vez piores.
Minha mãe adoeceu e com a saúde, foi-se embora também toda a alegria dela, a vontade de viver, a vontade de brincar, de cantar... ela foi se tornando uma pessoa sem vontades, sem alegrias, amargurada, triste...
E ficou ainda mais cabeça dura.
Do tipo que as filhas não podem chegar em casa após escurecer, não podem sair a noite, não podem muitas coisas que qualquer criatura de 12 anos hoje em dia, pode. Pra ela, tudo tá errado, tudo tá virado, tudo é proibido. Ela parou no tempo há algumas décadas atrás e por ali ficou. Diz que se preocupa muito com a gente, e realmente eu percebo que se preocupa, minha avó, mãe dela, é exatamente igual em alguns aspectos e ela mesma critica a mãe, diz que ela exagerae tal, mas não percebe que age como ela muitas vezes.

[...]

0 Ideias Novas:

Postar um comentário

Agora que tu leu toda essa baboseira, tem algo pra acrescentar, opinar ou comentar? Se não xingar, pode ficar a vontade!