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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tirando o amor da gaveta

Esse texto tava pela metade há algum tempo e hoje remexendo em algumas coisas aqui, achei por bem tentar terminar e postar antes que eu esquecesse dele novamente... vamos lá.

Hoje queria falar sobre o amor.
Conversava com uma amiga que tem sérios problemas com ele e me deu vontade de falar sobre isso.

Eu costumo dizer que o amor é injusto muitas vezes. Por que ele não pode chegar no coração das pessoas, ao mesmo tempo? Ou pelo menos, chegar no coração das duas? Quantos casos a gente vê, que só um dos dois ama e o outro nunca chega a amar? Quanta dor ele causa? Quantas noites em claro, quantos copos de bebida, quantas ligações pra melhor amiga, quantas lágrimas derramadas...?
Eu mesma já vi várias cenas acontecendo comigo, e várias cenas acontecendo com pessoas próximas. E é por isso que afirmo ser injusto.

Essa amiga, por exemplo... me contou que nunca conseguiu viver uma história de amor feliz, e quando digo feliz, não digo nenhuma relação duradoura ou um casamento 'eterno', que fossem meses, mas intensos, saca? Um namoro no qual os dois se gostassem, conhecessem a família um do outro, todos soubessem da existência da relação e ela simplesmente não chorasse por ele, aquela coisa normal, sem maiores surpresas... uma relação tranquila que fizesse bem pra ela. Como diz o ditado, que seja eterno enquanto dure, não importa o tempo que tem uma relação, mas a intensidade dela, um namoro de 2 meses pode ser imensamente mais feliz do que 20 anos de casamento e 3 filhos, por exemplo. É nisso que me refiro.
Seria ela mais uma eterna sofredora? Ou uma amostra real de novela mexicana na qual ela vai achar algum dia o príncipe encantado e aí sim será feliz pra sempre depois de derrubar algumas barreiras e sofrer por algum tempo ainda?
Conversamos muito sobre isso, perguntei como ela agia, afinal, o problema podia estar nela. Ela é uma pessoa um tanto fechada, não demonstra sentimentos, não diz um 'eu te amo' sequer e não se declara nem debaixo da guilhotina. Então eu disse: 'Fulana, então o problema está contigo, tu tem que te libertar um pouquinho, ser mais expontânea, te abrir, relaxar... pelo menos tentar', e ela: 'Não, Natu. Sou fechada assim na maior parte do tempo, mas quando amo alguém e percebo que o sentimento é reciproco, eu mudo por aquele alguém, mas parece que isso não importa.'. Me confessou que sempre fora criticada por ser assim, já que teve uma infância tranquila, com muitos amigos, com liberdades e carinho, seria normal que ela não tivesse esse comportamento introvertido, e que após tantas críticas e reclamações, uma única vez, resolveu agir diferente, com o carinha que foi, e segundo ela sempre vai ser, o amor da vida dela, achou que arrasaria e que teria enfim uma bonita história com alguém, sem se importar com mais nada nesse mundo. Mudou seus hábitos, deixou suas crenças, vontades, ideias, medos, inseguranças, tudo de lado, por aquele cara. Pensou 'já que do meu jeito eu não consigo o que eu quero, quem sabe se eu mudar, a vida também não muda pra mim?', ela é esperta, já havia sondado ele, a vida e seus gostos, tinha consciência de que eram diferentes, de que a batalha não estava ganha e teria alguns obstáculos a frente, mas nada importava, ela estava disposta a  conquistar o coração daquele cara. Conseguiu que ficassem amigos, foi se aproximando e botando 'seu plano' e seu novo jeito em prática e quanto mais ela fazia, menos ele se importava. Depois de algum tempo, chegaram a namorar... foi um fracasso, ele dizia que gostava dela e só, não movia uma palha por ela jamais, a tratava mal na frente dos outros, nunca tinha tempo, enfim... terminaram e cada um foi pro seu lado, e ela, obviamente, mais infeliz do que nunca. Agora ainda pior, pois o amava muito e tinha feito muito mais do que deveria por aquele amor. Frustrada e desiludida, jurou nunca mais querer ninguém. Até hoje nunca mais namorou, no máximo um rolinho e outro de alguns dias e só, isso já faz algum tempinho, e vejo ela cada dia mais triste, sem vontades e frustrada com a vida. Sendo que, agora ela não podia dizer que o erro foi dela, já que ela deu TUDO de si pra que aquilo desse certo e fracassou novamente.

Eu olho pra ela e me pergunto: Por que? Uma guria tão legal, com a melhor das intenções sempre, deu o seu melhor e obteve o pior resultado possível de suas ações. E parece que é quase sempre assim, tu ama e a única coisa que tu quer, é teu amor contigo, e se tu não tem alguém, tu quer apenas alguém pra amar, e isso parece tão impossível pra tanta gente.

Em contrapartida, já vi muitos casos dando super certo. Já vi amores impossíveis acontecendo, já vi casal que só sabia brigar e discutir, decidindo juntos a mudar, se unindo pra ficarem juntos, já vi pessoas conquistando pessoas na base da insistência mesmo e sendo felizes no final das contas, já vi amores nascendo com o tempo, já vi pessoas mudando por um grande amor, vi mulherengos de plantão se rendendo a um casamento 'tradicional', vi pessoas que abominavam qualquer tipo de compromisso virando a casaca, vi pessoas encontrando pessoas por pura casualidade e estão juntas até hoje. São tantos casos, tantas histórias... e essas que me fazem acreditar que todo mundo vai ter sua chance de ter o seu amor pra si... mesmo que existam esses casos que parecem impossíveis.

Eu tenho tantas teorias, tantos pensamentos... acho que se tu te dispor pra falar sobre, tu vai longe, porque cada um pensa de um jeito, tem uma ideia, tem suas histórias e isso dá muito pano pra manga.

Mas minha eterna dúvida é: Por que isso é tão complicado?
Por que alguns conseguem encontrar pessoas bacanas sem muito esforço e outros não, e quando encontram se decepcionam cada vez mais? Parece uma coisa tão simples na teoria, não é? Tu cresce e espera pelo "amor da tua vida", na teoria todo mundo vai encontrar alguém em um futuro não tão distante e serão felizes para sempre. Na teoria, todo mundo tem alguém, esperando por ele, em algum lugar do mundo... na teoria, mas e na vida real, como é?

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