\

Welcome to my blog :)

rss

terça-feira, 21 de junho de 2011

Quase Igual


Ultimamente anda tão carente que faz carinho em si mesmo. Quando dá por si está enrolando o cabelo, ou acariciando a nuca, essas coisas.
Anda pensativo demais. Quieto demais. 
Às vezes, na calada da noite, liga a tevê; põe algum filme que lhe lembre algum amor juvenil. Não vê o filme inteiro;
pega um cigarro; abre a janela; não vê ninguém, só os carros passando, o vento no rosto; começa a chorar. Sem motivos. Chora de saudades. Só.
Sai de vez em quando. E só se faz presente quando tosse rouco, por causa do cigarro. As pessoas fingem não se importarem com o barulho e ele olha para baixo, querendo esconder-se de si mesmo; escapar daquela situação. Então volta pra casa e fuma, como se isso aliviasse alguma angústia ou acabasse por um tempo com a carência.
Enleado na viscosidade dos pensamentos, desfigura o passado em flashes da memória guardada no mais íntimo. Tira da gaveta um sonho antigo. Dá saudade, dá tanta saudade. Cai em si quando o cigarro começa a queimar a ponta dos dedos.
Acende outro. Olha as estrelas. Às vezes é só saudade. Às vezes é diferente, é querer viver o passado e mudar algum detalhe. Às vezes é nostalgia. Mas é amor sempre.
Apaga as luzes. Ultimamente seria mais fácil se tivesse alguém. Alguém pra abraçar e chamar de seu. Sem ser possessivo, seu amor, só. Mas fica ali, olhando a rua. Ouvindo o final do filme. Fumando e acariciando a nuca.

*** Troca o cigarro por outro vício. Doritos, Pepsi ou chocolate, pra ficar mais real.

0 Ideias Novas:

Postar um comentário

Agora que tu leu toda essa baboseira, tem algo pra acrescentar, opinar ou comentar? Se não xingar, pode ficar a vontade!