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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O segundo grande dia

Pois bem, ontem eu cheguei tarde e mal deu tempo de conversar em casa, de contar coisas e tudo mais. Todos foram dormir e eu vim pro pc, ainda tinha que me inscrever no site pois parte do que iríamos estudar seriam passadas pela internet. Falei que tinha escutado meus pais conversando sobre 'se o tal curso valeria a pena ou não', né? Sim, falei!

Então, pela manhã escutei mais alguns murmúrios mas não dei muita importância. Esperei alguns minutos e levantei. De cara minha mãe me viu e disse: 'tu não vai mais fazer esse curso, viu?'. E eu: 'que? como assim, o que é isso?', e ela: 'não vai, é muito tarde e muito longe'. Não respondi nada, senão iria falar mais do que eu precisava e eu sou ótima na arte de falar merda quanto tá com raiva, deixei assim e saí dali.
Meu pai foi atrás de mim, ver o que eu tinha pois a essa hora já tinha começado a chorar. Me abraçou e disse: 'eu sei que tu quer fazer... mas tu viu o caminho, a hora que a gente chegou...', e eu: 'e daí? Eu que tenho problema de enjoar, de me perder... e eu relevei isso pra fazer essa merda.', e ele disse mais algumas coisas, viajou que não era algo 'válido', tudo pra ele tem um porque por trás, alguma falcatrua... se é pago, é algo só pra tirar dinheiro da gente, se não é, não tem serventia nenhuma'. Eis que eu resolvi dizer algumas coisas... e falei: 'é, quando eu não tenho nada vocês reclamam que eu não quero nada da vida, que só espero por vocês, quando eu arrumo algo com meu esforço, indo atrás, catando... vocês acham ruim e não querem deixar.', ele disse algumas coisas, voltou a tocar em pontos já discutidos e disse: 'tu tem certeza que esse negócio é verdade? Pq eu não confio muito...' [ele quis insinuar que tu te mata estudando e no fim não ganha bolsa porra nenhuma], eu falei de algumas pessoas que eu conheço que estão estudando por bolsa, da mesma forma, ele se calou. Disse mais algumas coisas, e eu: 'é, vocês são brincadeira. Querem morar na putaquepariu e não querem que as coisas sejam longe, querem que a gente se dê bem na vida e não apoiam nada, querem que eu tenha minhas asas e não deixam eu tentar voar, assim fica difícil.'. Falei mais algumas coisas... todas verdade, mas que talvez eu não devesse falar daquela forma. Saí dali e voltei pro meu quarto, chorar mais um pouco. Depois, mais tarde na hora do almoço, ele veio me chamar pra comer, e eu disse que não queria. Ele insistiu, tentou puxar minha mão e eu insisti dizendo que não estava com fome.

Mais tarde, depois de dormir a tarde, acordar, chorar, receber uma má notícia por telefone, chorar mais um pouco, ter vontade de mandar todo mundo se foder e ir pra aula mesmo assim, desistir e chorar mais um pouco, me acalmei, me conformei em jogar uma oportunidade fora. Até que decidi ir no quarto do pai e avisá-lo de que 'amanhã' eu iria sair pra resolver tal coisa, ele tava deitado e eu meio que me debrucei em cima dele pra falar, ele passou o braço por trás do meu pescoço enquanto balançava a cabeça, concordando que eu saísse e eu percebi que ele estava chorando. Então eu não entendi mais nada. Voltei pro quarto pasma, e fiz sinal pra minha irmã dizendo que ele tava chorando, e ela disse: 'é, ele tava chorando de tarde!', e ninguém soube o porque, pelo menos ninguém me disse. O estranho nisso, é que meu pai NUNCA chora, eu só vi ele chorar duas vezes na vida, quando morreu um irmão dele e em outra situação punk que ocorreu certa vez. E SÓ. Não sei se foi o que eu disse... ou se teve relação. Confesso que fiquei mal por isso.

E agora, convenhamos... toda essa baderna, por causa do horário que eu vou voltar da aula? Sendo que eu tinha me rendido a não usar trem + ônibus na volta, vir com um ônibus só pois seria mais seguro, segundo eles, mesmo que eu morresse vomitando dentro do ônibus com quase 3hs de viagem. O pior é que é DA AULA, não é de uma boate, é um passo pra algo bom, algo que qualquer pai e mãe sonha pra um filho. Acho que eles não tem noção do tamanho disso, da oportunidade, e do que significa pra mim... ou tem e não estão nem aí.

Eu sei que quem ler, vai se perguntar: 'Mas essa Natu, porque não se rebela e faz o que ela quer? Por que obedecer os pais, se ela não tem mais idade pra isso? Pra que sofrer?', eu respondo: minha mãe é extremamente nervosa, quando acontece algo desse tipo, onde ela supõe na cabeça dela que seja perigoso, que tenha algum problema [MESMO QUE NÃO TENHA, ELA FANTASIA E DEU], ela bate o pé no chão e diz que não quer que eu faça. Se eu contrariar, ou se ela deixar, contrariada, ela fica doente... e eu não quero ter o peso da consciência de ver ela mal, mesmo sabendo que eu tô com a razão. Logo, eu acabo fazendo as vontades dela, seja pra lazer ou pra algo importante... eu sei que é errado, que eu tenho que dar de ombros e viver minha vida, que ninguém entende realmente o porque desse meu medo, mas eu não quero ver ela passando mal, doente, não quero brigas, tô cansada disso, tô cansada de tentar lutar dentro da própria casa, pela "minha vida".

2 Ideias Novas:

Drikaaa disse...

Tá, mas tu não disse uma coisa importante: foi ou não na aula? Largou mesmo?

beijo

Natu disse...

É, larguei. ¬¬'

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